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Pesquisa revela que jovens enfrentam desafios emocionais sem e adequado nas redes sociais 6t4r2g
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Getty Imagens - Pesquisa revela que jovens enfrentam desafios emocionais sem e adequado nas redes sociais
Especialistas apontam necessidade de psicólogos nas escolas e maior diálogo entre pais e filhos 6ec52
Uma pesquisa divulgada em abril deste ano revelou uma preocupação crescente entre a população brasileira: a maioria acredita que adolescentes estão desamparados emocionalmente para lidar com os impactos das redes sociais. O levantamento, feito pelo Porto Digital em parceria com a empresa Offerwise, entrevistou mil brasileiros maiores de 18 anos com o à internet. O resultado foi contundente: 90% dos entrevistados afirmaram que os jovens não recebem o apoio necessário para enfrentar os desafios do mundo digital.
A repercussão do tema foi impulsionada pela série Adolescência, da Netflix, que retrata as vulnerabilidades enfrentadas pelos jovens conectados. A série serviu de gatilho para o debate sobre o papel de famílias, escolas e governos no cuidado com essa geração. De acordo com o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, a humanização da tecnologia é essencial. “Precisamos criar pontes entre inovação e transformação social”, afirmou.
Entre as soluções apontadas pela população está a presença de psicólogos no ambiente escolar. Esta é uma medida defendida por 70% dos entrevistados. O estudo também indicou que bullying, depressão, ansiedade e pressão estética estão entre os principais problemas enfrentados pelos adolescentes hoje.
O professor e pesquisador Luciano Meira, da Universidade Federal de Pernambuco, defendeu a necessidade de regulação das plataformas digitais. Segundo ele, a flexibilização das regras de moderação de conteúdo por parte das big techs contribui para o aumento da desinformação, do discurso de ódio e da exposição de jovens a conteúdos nocivos. Para Meira, é urgente que o Brasil avance na regulamentação da internet, como previsto no Projeto de Lei das Fake News, atualmente parado no Congresso.
Além das ações institucionais, o professor destaca a importância do diálogo e da construção de confiança entre pais e filhos como forma eficaz de prevenção. Ele acredita que o simples bloqueio de conteúdos não é suficiente se não vier acompanhado de conversas abertas sobre riscos e limites. “É preciso estabelecer vínculos reais com as crianças, mostrando que há um mundo além das telas”, concluiu.
Por Redação RSC
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